MINHA OPINIÃO SOBRE PESSOAS JOVENS QUE PARECEM VELHAS OU SOBRE PESSOAS VELHAS QUE PARECEM JOVENS…

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Há um grande equívoco no uso que se faz das palavras jovem e velho. Nos primórdios, ser velho ainda tinha uma conotação positiva de poder pela experiência. Nos dia atuais, ser velho virou um problema para a família e para as políticas públicas. Vivemos numa sociedade da produção. Quem não produz, não tem valor. No entanto, eu não acho que as coisas têm que ser colocadas nestes termos: jovem- velho, produtivo-improdutivo. Eu prefiro que as coisas sejam colocadas nos seguintes termos: estar vivo-estar morto. A morte está colocada tanto para o jovem quanto para o velho. Qualquer um pode morrer a qualquer momento. Viver ou morrer independe da idade. Estar vivo é condição de possibilidade para uma infinidade de coisas. Isto vale tanto para jovem quanto para velho. Velhice virou sinônimo de morte. Ser velho é quase como estar morto. O foco da velhice é a morte e não a vida. É um raciocínio completamente descabido. Deveríamos preferir velhice e vida e não velhice e morte.  Velhice e vida é muito mais verdadeiro que velhice e morte.  Um outro raciocínio associa juventude a ausência de perdas. Que bobagem. Morre jovem e morre velho. Adoece jovem e adoece velho. Há jovens e velhos com limitações de toda ordem. Ninguém precisa andar e enxergar bem  para viver. Ter ereção não é condição para uma boa performance sexual. O que seria dos tetraplégicos, dos cegos e dos impotentes? Ninguém é absoluto. As limitações são constitutivas dos seres humanos. A ideia de que a juventude possui melhor condição de possibilidade que a velhice, é pura idealização. Isto é coisa de idoso que tem problema com a vontade de viver e que acha que o jovem tem mais garantias que o velho. As garantias existem até que a realidade da vida bate à nossa porta. A morte é inevitável para todo mundo. Isto independe da nossa vontade. Não temos nenhum poder sobre a morte. Já, sobre a vida, temos todo o poder. Precisamos aprender a aceitar a morte para começarmos a viver. Lembra que a cada minuto estamos mais próximos do fim. É preciso deixar a morte para a hora da morte. Agora, estamos vivos e uma gama de caminhos está aberto para vivermos bem. Isto só depende de cada um de nós.
Autor: Evaristo Magalhães – Filósofo e Psicanalista

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